A Odisseia
Geovana Alves de Freitas
A
Odisséia é um romance de Homero, trata de questões cotidianas, da
convivência com as divindades do Monte Olimpo, ora pacífica ora
conflituosa, entre deuses e mortais. O ponto central de romance não é a
saída, mas principalmente do retorno de Odisseu à Itaca. Convocado para
participar da Guerra de Tróia, Odisseu sai de sua casa no dia do
nascimento do seu filho Telêmaco; ele deixa seu filho e sua esposa
Penélope, por quem era perdidamente apaixonado; e será por causa do amor
de sua mulher e de seu filho que o manterá vivo e trará de volta para
casa. Na despedida ela pede à Penélope que prometa que se lês não voltar
até dia que seu filho tiver a primeira barba, ela deve casar-se
novamente.
Odisseu parte para a Tróia, e depois de muitas lutas,
vencem os troianos de uma forma muito sábia. Fizeram um cavalo com as
madeiras das embarcações, colocando no interior do cavalo os melhores
guerreiros, e dizendo ao rei de Tróia que era um presente dos deuses; ao
anoitece, já dentro dos muros da cidade, descem e surpreendem os
troianos, matando-os e colocando fogo na cidade. Depois de vencida a
guerra Odisseu comemora a vitória a margem do mar desafiando o poder dos
deuses dizendo que venceu sem a proteção de nenhum deles. Furioso, o
deus do mar Posídom promete que ele nunca mais chegara à sua casa e que
ficara perdido em suas águas. Odisseu passou por diversas intempéries no
oceano, lutando com monstros mitológicos, sendo aprisionado por deusas,
lutando com gigantes, passando até mesmo pelo inferno. Odisseu e seus
soldados permanecem no oceano por 17 anos. O que fez com que Odisseu
chegasse em casa depois de muitos anos, foi seu reconhecimento, que sem
os deuses o homem não é nada. Ele reconhece que é apenas um homem, nada
mais e nada menos.
Quando Odisseu chega a Itaca, ele se disfarça de
mendigo, exatamente no dia em que sua esposa deveria escolher um novo
pretendente. Após vários episódios é reconhecido pela ama por causa de
uma cicatriz, ela lhe prometeu sigilo. Para casar-se com a rainha, os
pretendente deveriam arrumar a corda no o arco de Odisseu, mas nenhum
deles consegue, somente Odisseu que depois de arrumar seu arco, volta a
ser como antes, e reconhecido por todos, e com o próprio arco, elimina
um por um dos pretendentes de sua esposa. Odisseu é reconhecido pela sua
fiel esposa Penélope e promete nunca mais abandonar seu reino.
Ulisses
é um exemplo de coragem e perseverança, pois diante das dificuldades da
vida, não desanima, nem desiste, mas renova suas forças no amor por sua
família e é esse amor que o levará de volta para casa. Também nós
passamos por muitas intempéries na vida, mas nossas motivações devem ser
sempre renovadas através dos nossos sonhos, das nossas buscas, e a
felicidade deve ser nossa principal meta. O mundo nos apresenta diversos
desafios que fazem com nós nos vejamos como fracassados, sem
perspectivas, e com facilidade, desistimos dos nossos ideais, caímos nas
“mesquinharias” deixando de lado todo o nosso potencial acreditando que
somos incapazes. Pelo contrário, ante a essa realidade, precisamos
erguer nossa cabeça, renovar nossos ânimos, olhar para um novo horizonte
e acreditar que é possível vencer. Só assim poderemos saborear a vida e
tudo o que ela nos apresenta de forma consciente, madura, permeada de
felicidade.
Este texto pertence ao site http://freitasphilosophia.blogspot.com.br/2008/03/resenha-do-filme-odissia_07.html
terça-feira, 11 de junho de 2013
Resumo do filme Apocalypto
Apocalypto se presta ao lazer para aqueles que gostam de filmes de ação
com velocidade e câmeras em movimento acelerado e só. (spoils adiante)
A história se passa na península de Iucatã e conta a saga de uma tribo que é destruída e aprisionada pelos Maias, num confronto em que fica nítida a superioridade destes com relação aos outros povos que habitavam a região da América Central. Cronologicamente, o filme se passa há aproximadamente 516 anos. A saga tem fim justamente no dia 12 de outubro de 1492, com Cristovão Colombo chegando a América e dando início ao que seria a Colonização Espanhola e o declínio da Civilização Maia.
Mel Gibson recebes os méritos ao fazer com que todos os atores falem em yucateco, língua local, da época (em A Paixão de Cristo ele já tinha lançado mão deste recurso). A pesquisa linguística merece, pois, congratulações.
O filme gira em torno de Jaguar Paw, seu filho e sua esposa grávida. O caçador consegue colocá-los num abrigo pouco antes de sua tribo ser massacrada e ele mesmo levado como prisioneiro. O roteiro é óbvio. A família torna-se a motivação que leva Jaguar Paw a fugir do julgo inimigo e resgatá-los. O trajeto até a cidade Maia mostra sofrimento e muita selva... Lá, Gibson retrata "El pasant" hábitos daquela que foi uma das três grandes civilizações hispânicas do continente. Mulheres eram vendidas como escravas e prisioneiros ou eram sacrificados, ou eram submetidos a trabalhos forçados que permitiram a construção de grandes cidades de pedra. Havia comércio, pedintes, ladrões e uma sociedade altamente hierarquizada. Os reis eram vistos como deuses e o misticismo permeava a vida ordinária.
Se o objetivo de Gibson era fazer um filme de perseguição, ele conseguiu. A primeira cena, uma caçada pela selva, já dita o ritmo do que vem pela frente. O filme é uma correria ininterrupta. Mas nos primeiros diálogos já fica claro a pouca preocupação com o roteiro. As frases são estereotipadas e a interpretação é tão pouco natural que parece sarcasmo com filmes de mesmo gênero. Frases curtas e fortes que apelam para o brio, para a coragem e pela emoção e que não trazem, absolutamente, nenhuma novidade para o gênero. O roteiro é trivial e óbvio. Desde o momento em que Jaguar Paw esconde sua família na gruta está determinado o final. Já se sabe que ele fugir, voltar e resgatá-los. Quando um dos maias mata o pai do protagonista, cria-se o vilão que a estória precisava. A rixa entre os dois é levada até os minutos finais. Não se trata, portanto da resistência de um povo ao julgo do outro. Jaguar Paw é um herói solitário que luta contra os maias e a selva com habilidades quase ?divinas? tamanha as façanhas que ele consegue realizar. Foge fruto de uma série de coincidências inacreditáveis. Um eclipse solar no exato momento de seu sacrifício, um jaguar que o perseguia e o troca por um inimigo (aliás correspondendo a profecia de uma criança, transeunte e rechaçada pelos maias por estar doente) e, quando já não tem mais forças para lutar contra seus dois últimos perseguidores, nada mais, nada menos do que Cristovão Colombo chega a América. A maquiagem e o figurino merecem alguma atenção. Gibson recebeu críticas por não prezar pela exatidão do relato histórico e por estereotipar mais do que devia a civilização maia como violenta. A destruição é exacerbada, cabeças rolam (literalmente), sangue jorrando e corações pulsando não faltam em momento algum. Se é real que o diretor tentou alertar a sociedade para sua possível corrosão movida pela destruição do meio ambiente, pela ganância e pelo consumismo, fazendo um paralelo entre o declínio dos maias e o nosso futuro possível há de se dizer que ele falhou grotescamente. Apocalypto quando muito se presta a diversão barata, não sendo nem um relato histórico fiel, nem levando a uma reflexão sobre o nosso atual ?
Esse texto pertence ao site http://www.cienciashumanas.com.br/resumo_artigo_3412/artigo_sobre_apocalypto
A história se passa na península de Iucatã e conta a saga de uma tribo que é destruída e aprisionada pelos Maias, num confronto em que fica nítida a superioridade destes com relação aos outros povos que habitavam a região da América Central. Cronologicamente, o filme se passa há aproximadamente 516 anos. A saga tem fim justamente no dia 12 de outubro de 1492, com Cristovão Colombo chegando a América e dando início ao que seria a Colonização Espanhola e o declínio da Civilização Maia.
Mel Gibson recebes os méritos ao fazer com que todos os atores falem em yucateco, língua local, da época (em A Paixão de Cristo ele já tinha lançado mão deste recurso). A pesquisa linguística merece, pois, congratulações.
O filme gira em torno de Jaguar Paw, seu filho e sua esposa grávida. O caçador consegue colocá-los num abrigo pouco antes de sua tribo ser massacrada e ele mesmo levado como prisioneiro. O roteiro é óbvio. A família torna-se a motivação que leva Jaguar Paw a fugir do julgo inimigo e resgatá-los. O trajeto até a cidade Maia mostra sofrimento e muita selva... Lá, Gibson retrata "El pasant" hábitos daquela que foi uma das três grandes civilizações hispânicas do continente. Mulheres eram vendidas como escravas e prisioneiros ou eram sacrificados, ou eram submetidos a trabalhos forçados que permitiram a construção de grandes cidades de pedra. Havia comércio, pedintes, ladrões e uma sociedade altamente hierarquizada. Os reis eram vistos como deuses e o misticismo permeava a vida ordinária.
Se o objetivo de Gibson era fazer um filme de perseguição, ele conseguiu. A primeira cena, uma caçada pela selva, já dita o ritmo do que vem pela frente. O filme é uma correria ininterrupta. Mas nos primeiros diálogos já fica claro a pouca preocupação com o roteiro. As frases são estereotipadas e a interpretação é tão pouco natural que parece sarcasmo com filmes de mesmo gênero. Frases curtas e fortes que apelam para o brio, para a coragem e pela emoção e que não trazem, absolutamente, nenhuma novidade para o gênero. O roteiro é trivial e óbvio. Desde o momento em que Jaguar Paw esconde sua família na gruta está determinado o final. Já se sabe que ele fugir, voltar e resgatá-los. Quando um dos maias mata o pai do protagonista, cria-se o vilão que a estória precisava. A rixa entre os dois é levada até os minutos finais. Não se trata, portanto da resistência de um povo ao julgo do outro. Jaguar Paw é um herói solitário que luta contra os maias e a selva com habilidades quase ?divinas? tamanha as façanhas que ele consegue realizar. Foge fruto de uma série de coincidências inacreditáveis. Um eclipse solar no exato momento de seu sacrifício, um jaguar que o perseguia e o troca por um inimigo (aliás correspondendo a profecia de uma criança, transeunte e rechaçada pelos maias por estar doente) e, quando já não tem mais forças para lutar contra seus dois últimos perseguidores, nada mais, nada menos do que Cristovão Colombo chega a América. A maquiagem e o figurino merecem alguma atenção. Gibson recebeu críticas por não prezar pela exatidão do relato histórico e por estereotipar mais do que devia a civilização maia como violenta. A destruição é exacerbada, cabeças rolam (literalmente), sangue jorrando e corações pulsando não faltam em momento algum. Se é real que o diretor tentou alertar a sociedade para sua possível corrosão movida pela destruição do meio ambiente, pela ganância e pelo consumismo, fazendo um paralelo entre o declínio dos maias e o nosso futuro possível há de se dizer que ele falhou grotescamente. Apocalypto quando muito se presta a diversão barata, não sendo nem um relato histórico fiel, nem levando a uma reflexão sobre o nosso atual ?
Esse texto pertence ao site http://www.cienciashumanas.com.br/resumo_artigo_3412/artigo_sobre_apocalypto
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